“Em todas as reuniões que eu assistir e onde eu estiver, o foco é sempre eu: meus lindos trajes bordados de indígena com meus cocares de flores e minha invalidez”.
Frida Kahlo em carta para Diego Rivera
Frida Kahlo em carta para Diego Rivera
Frida Kahlo é inegavelmente um ícone. E não só por suas pinturas profundas, que refletem sua vida, ou por sua história triste que nos inspira a sempre perseverar, mas também pelo guarda-roupa recheado de peças incríveis que carregam a forte personalidade de sua dona.
Aos 18 anos de idade, a pintora sofreu um acidente quando o bonde em que viajava colidiu contra um trem. Um para-choque atravessou suas costas, passou por sua pélvis e saiu por sua vagina. Isso a deixou por muito tempo hospitalizada, entre a vida e a morte, onde teve que passar por muitas cirurgias para reconstruir seu corpo. Além disso, desde os seis anos, tinha os pés atrofiados e uma das pernas mais fina do que a outra, por causa de uma poliomielite. Parte de seu vestuário foi adaptado por causa desses dois fatores de sua vida. Alguns de seus sapatos tinham um dos pés com salto maior, para deixar as pernas com a mesma altura. Em 1953, próxima ao fim de sua vida, Frida teve sua perna direita amputada, devido a uma gangrena. A prótese que usou foi desenhada por ela mesma e possuía cor vibrante, um reflexo de todas as roupas que usou durante sua vida. Frida sempre fugiu da moda vigente de sua época. Ela mesma comprava tecidos e levava para costureiras indianas fazerem seus trajes.
A Casa Azul, residência onde viveu com o então marido Diego Rivera, é um museu e importante ponto turístico mexicano desde o final dos anos 1950. Mas um dos aposentos permaneceu fechado até quase cinquenta anos depois: o banheiro onde estava o guarda-roupa da pintora. Foi finalmente aberto em 2004 e suas mais de 300 peças foram fotografadas e devidamente catalogadas pelo fotógrafo japonês Ishiuchi Miyako.
Entre as centenas de trajes e objetos, destacam-se os vestidos tehuanas, os xales rebozo e as blusas huipil - vestes mexicanas, indispensáveis no estilo de Kahlo, pois representavam o profundo amor que sentia por sua pátria. Destaque também para os coletes de gesso que ela usou em seu pós-acidente e que foram customizados com desenhos dela.
A artista fazia uso de muitas peças bordadas, sempre com detalhes ricos. A estampa floral deve ter sido sua preferida, visto o grande número de vestes que possuía com esses desenhos. Ela adorava se enfeitar com flores, fitas e brincos de ouro. Não sei dizer o quanto Frida sofreu com todos seus problemas, mas ela tentou esconder suas imperfeições pós-poliomielite com as saias rodadas. O amplo uso de blusas soltas também não era apenas questão de estilo: servia para ocultar o colete que a pintora usava para diminuir as dores que sentia depois que sofreu o acidente.
Suas joias eram sempre exageradas (Picasso, por exemplo, a presenteou com um par de brincos com mãos!) e entre seus acessórios preferidos estavam lenços e coroas de flores usadas sobre os cabelos trançados.
Mas não pense que o estilo de Kahlo foi notado apenas depois de sua morte. Na época em que viveu, a designer de moda Elsa Schiaparelli se inspirou nos looks de Frida e criou um vestido em sua homenagem chamado “Robe Madame Rivera”.
A pintora deu outra prova do quanto usava as roupas para se expressar quando se divorciou de Diego e passou a usar trajes masculinos. Nessa época, também cortou seus cabelos, coisa que Diego admirava nela.
Aos 18 anos de idade, a pintora sofreu um acidente quando o bonde em que viajava colidiu contra um trem. Um para-choque atravessou suas costas, passou por sua pélvis e saiu por sua vagina. Isso a deixou por muito tempo hospitalizada, entre a vida e a morte, onde teve que passar por muitas cirurgias para reconstruir seu corpo. Além disso, desde os seis anos, tinha os pés atrofiados e uma das pernas mais fina do que a outra, por causa de uma poliomielite. Parte de seu vestuário foi adaptado por causa desses dois fatores de sua vida. Alguns de seus sapatos tinham um dos pés com salto maior, para deixar as pernas com a mesma altura. Em 1953, próxima ao fim de sua vida, Frida teve sua perna direita amputada, devido a uma gangrena. A prótese que usou foi desenhada por ela mesma e possuía cor vibrante, um reflexo de todas as roupas que usou durante sua vida. Frida sempre fugiu da moda vigente de sua época. Ela mesma comprava tecidos e levava para costureiras indianas fazerem seus trajes.
A Casa Azul, residência onde viveu com o então marido Diego Rivera, é um museu e importante ponto turístico mexicano desde o final dos anos 1950. Mas um dos aposentos permaneceu fechado até quase cinquenta anos depois: o banheiro onde estava o guarda-roupa da pintora. Foi finalmente aberto em 2004 e suas mais de 300 peças foram fotografadas e devidamente catalogadas pelo fotógrafo japonês Ishiuchi Miyako.
Entre as centenas de trajes e objetos, destacam-se os vestidos tehuanas, os xales rebozo e as blusas huipil - vestes mexicanas, indispensáveis no estilo de Kahlo, pois representavam o profundo amor que sentia por sua pátria. Destaque também para os coletes de gesso que ela usou em seu pós-acidente e que foram customizados com desenhos dela.
A artista fazia uso de muitas peças bordadas, sempre com detalhes ricos. A estampa floral deve ter sido sua preferida, visto o grande número de vestes que possuía com esses desenhos. Ela adorava se enfeitar com flores, fitas e brincos de ouro. Não sei dizer o quanto Frida sofreu com todos seus problemas, mas ela tentou esconder suas imperfeições pós-poliomielite com as saias rodadas. O amplo uso de blusas soltas também não era apenas questão de estilo: servia para ocultar o colete que a pintora usava para diminuir as dores que sentia depois que sofreu o acidente.
Suas joias eram sempre exageradas (Picasso, por exemplo, a presenteou com um par de brincos com mãos!) e entre seus acessórios preferidos estavam lenços e coroas de flores usadas sobre os cabelos trançados.
Mas não pense que o estilo de Kahlo foi notado apenas depois de sua morte. Na época em que viveu, a designer de moda Elsa Schiaparelli se inspirou nos looks de Frida e criou um vestido em sua homenagem chamado “Robe Madame Rivera”.
A pintora deu outra prova do quanto usava as roupas para se expressar quando se divorciou de Diego e passou a usar trajes masculinos. Nessa época, também cortou seus cabelos, coisa que Diego admirava nela.
Texto originalmente publicado em meu blog pessoal.