TPM: Proteja-se das compulsões dessa época
Matéria de minha autoria publicada em 18 de outubro de 2011 no site do Jornal Ipanema.
Link direto: http://www.jornalipanema.com.br/novo/Sa%C3%BAde/TPM:+PROTEJA-SE+DAS+COMPULSOES+DESSA+EPOCA.html (off-line)
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A tensão pré-menstrual, mais conhecida como TPM, é uma
grande inimiga das mulheres. Os sintomas que antecedem a menstruação podem
desencadear desejos por certos alimentos ou a vontade de ir às compras. A
psicóloga e professora Eliete Jussara Nogueira, do Programa de Pós-Graduação em
Educação da Universidade de Sorocaba, esclarece algumas questões sobre o
assunto.
Quais são os principais sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres?
A TPM é uma síndrome e, como tal, tem diversos sintomas, talvez os mais comuns sejam: alteração no humor (a irritabilidade, ansiedade, agressão, depressão), alteração no apetite (fome em excesso ou a falta de fome), dores (cabeça, seios) e retenção de líquidos (inchaços). Mas depende individualmente, e, para nossa sorte, nem todos os sintomas se apresentam ao mesmo tempo, ou com a mesma intensidade e duração.
Os sintomas mudam de acordo com a idade? Por qual motivo?
Acredita-se que as causas são hormonais, seguindo essa premissa, as condições de estresse, qualidade na alimentação, nos exercícios físicos e mudanças hormonais de cada mulher variam ao longo de sua vida, portanto, os sintomas podem mudar com a “idade”, ou com os eventos que acontecem na nossa vida (relações sexuais, gravidez, entre outras coisas que podem interferir no nosso organismo).
O que muda no aspecto psicológico das mulheres nessa época?
Acredito que a questão psicológica nesse período é muito afetada, pois nosso humor sofre variações que nem sempre controlamos. Ficamos mais sensíveis, menos tolerantes, o que pode provocar irritação e depressão. É interessante observar a variabilidade da TPM, nem toda mulher tem e, às vezes, uma é mais intensa que outra. Na mesma mulher também há variações. Ela pode ter poucos sintomas em um mês e, no outro, eles podem aumentar e intensificar. Enfim, é muito imprevisível para estabelecer um perfil, ou qualquer padrão de comportamento.
Geralmente as mulheres têm muita vontade de comer chocolate ou outros alimentos nesse período. Por que existe essa vontade?
Um dos sintomas é alteração da fome, pode ser com excesso ou a falta de apetite. O fato de ser chocolate é cultural, social, não há relação com a TPM, a escolha é pessoal, individual. Porém, não podemos esquecer que junto com a alteração da fome, pode ter alteração de humor – depressão - e alimentos calóricos como o chocolate, que dão uma sensação afetiva, e por isso talvez essa compulsão. O mesmo acontece com a compulsão em compras. A ansiedade foi aprendida a ser sanada pela compra, não é por causa dos hormônios, não podemos usar a TPM como desculpa para comer chocolate ou fazer compras. Ao contrário, devemos investigar como se chegou a esses comportamentos.
Existe uma maneira de acabar de vez com os sintomas da TPM ou só se pode amenizá-los?
Às vezes, a solução para não se irritar com o outro é evitar os encontros, falar, conversar. Se você percebe que esse é um sintoma de sua TPM, e que, portanto, passará depois de um dia ou dois, não provoque situações que desencadeiam a agressão. Espere para que em condições “normais” você possa: brigar, comprar, se relacionar, mas sem o impulso incontrolado que tira a razão e pode fazer com que você se arrependa. Essa pode ser uma forma de amenizar, e acredite, alguns sintomas podem até acabar. Se percebermos que os sintomas estão ficando mais frequentes e intensos, que atrapalham nossa vida, nossas relações, é necessário consultar um médico ginecologista, e também um psicólogo para as questões comportamentais.
Existe algum conselho para as mulheres colocarem em prática nesse período?
Cada mulher é diferente e deve assim ser tratada, respeitando sua individualidade, sua história, crenças e condições sociais. Acredito que cada mulher deve ser a pessoa que mais conhece a si mesma, então a auto-observação tem demonstrado bons resultados, tanto na adolescência como em qualquer fase da vida. Você pode registrar os dias de menstruação e os dias que apresentam algum sintoma (dor nos seios, inchaço etc), e perceber como são esses sintomas, quantos dias eles duram, de tal forma que, o que aparentemente não tinha controle, possa ser pelo menos parcialmente controlado, o que exige um esforço em pensar sobre si mesma.
Graziele Lima (AgênciaJor/Uniso)
Quais são os principais sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres?
A TPM é uma síndrome e, como tal, tem diversos sintomas, talvez os mais comuns sejam: alteração no humor (a irritabilidade, ansiedade, agressão, depressão), alteração no apetite (fome em excesso ou a falta de fome), dores (cabeça, seios) e retenção de líquidos (inchaços). Mas depende individualmente, e, para nossa sorte, nem todos os sintomas se apresentam ao mesmo tempo, ou com a mesma intensidade e duração.
Os sintomas mudam de acordo com a idade? Por qual motivo?
Acredita-se que as causas são hormonais, seguindo essa premissa, as condições de estresse, qualidade na alimentação, nos exercícios físicos e mudanças hormonais de cada mulher variam ao longo de sua vida, portanto, os sintomas podem mudar com a “idade”, ou com os eventos que acontecem na nossa vida (relações sexuais, gravidez, entre outras coisas que podem interferir no nosso organismo).
O que muda no aspecto psicológico das mulheres nessa época?
Acredito que a questão psicológica nesse período é muito afetada, pois nosso humor sofre variações que nem sempre controlamos. Ficamos mais sensíveis, menos tolerantes, o que pode provocar irritação e depressão. É interessante observar a variabilidade da TPM, nem toda mulher tem e, às vezes, uma é mais intensa que outra. Na mesma mulher também há variações. Ela pode ter poucos sintomas em um mês e, no outro, eles podem aumentar e intensificar. Enfim, é muito imprevisível para estabelecer um perfil, ou qualquer padrão de comportamento.
Geralmente as mulheres têm muita vontade de comer chocolate ou outros alimentos nesse período. Por que existe essa vontade?
Um dos sintomas é alteração da fome, pode ser com excesso ou a falta de apetite. O fato de ser chocolate é cultural, social, não há relação com a TPM, a escolha é pessoal, individual. Porém, não podemos esquecer que junto com a alteração da fome, pode ter alteração de humor – depressão - e alimentos calóricos como o chocolate, que dão uma sensação afetiva, e por isso talvez essa compulsão. O mesmo acontece com a compulsão em compras. A ansiedade foi aprendida a ser sanada pela compra, não é por causa dos hormônios, não podemos usar a TPM como desculpa para comer chocolate ou fazer compras. Ao contrário, devemos investigar como se chegou a esses comportamentos.
Existe uma maneira de acabar de vez com os sintomas da TPM ou só se pode amenizá-los?
Às vezes, a solução para não se irritar com o outro é evitar os encontros, falar, conversar. Se você percebe que esse é um sintoma de sua TPM, e que, portanto, passará depois de um dia ou dois, não provoque situações que desencadeiam a agressão. Espere para que em condições “normais” você possa: brigar, comprar, se relacionar, mas sem o impulso incontrolado que tira a razão e pode fazer com que você se arrependa. Essa pode ser uma forma de amenizar, e acredite, alguns sintomas podem até acabar. Se percebermos que os sintomas estão ficando mais frequentes e intensos, que atrapalham nossa vida, nossas relações, é necessário consultar um médico ginecologista, e também um psicólogo para as questões comportamentais.
Existe algum conselho para as mulheres colocarem em prática nesse período?
Cada mulher é diferente e deve assim ser tratada, respeitando sua individualidade, sua história, crenças e condições sociais. Acredito que cada mulher deve ser a pessoa que mais conhece a si mesma, então a auto-observação tem demonstrado bons resultados, tanto na adolescência como em qualquer fase da vida. Você pode registrar os dias de menstruação e os dias que apresentam algum sintoma (dor nos seios, inchaço etc), e perceber como são esses sintomas, quantos dias eles duram, de tal forma que, o que aparentemente não tinha controle, possa ser pelo menos parcialmente controlado, o que exige um esforço em pensar sobre si mesma.
Graziele Lima (AgênciaJor/Uniso)